25 de ago. de 2012
Cadê?
Felicidade, por onde anda?
Nem mais teu sopro eu sinto
Estou ferida, amargurada
Nem mais o falso sorriso sustento
Pai, o que eu fiz?
Por que esse castigo não acaba?
Me diz
Quando terei uma feliz alvorada?
O que mais falta eu fazer?
Renunciar, partir, fugir?
Sinto minha alma desfazer
Não consigo emergir
A Dança
A água ao cair no copo faz a sua dança
Agita, rodeia, balança
Cansa e se amansa
Seja ou não gota
Chega, movimenta e se ajusta
Mas um dia falta espaço pra dança
E mesmo a gota já não amansa
Agita e transborda... tá feita a lambança
Agita, rodeia, balança
Cansa e se amansa
Seja ou não gota
Chega, movimenta e se ajusta
Mas um dia falta espaço pra dança
E mesmo a gota já não amansa
Agita e transborda... tá feita a lambança
27 de out. de 2011
Por que?
Por que impregnastes em minh’alma?
Por que enraizaste em meu ser?
Por que trazes contigo o sofrer?
O sofrer da ausência deliberada
O sofrer da indiferença expressada
Ajude-me a compreender o porquê
É aprendizado? Qual? Com que finalidade?
Resgate? De que? De quem?
Se ao menos eu soubesse o porquê
Poderia compreender
Rezo, clamo! Mas não tenho resposta
E os sinais são sempre dúbios
Já está ficando difícil manter a imagem autossuficiente
Tá difícil sufocar
Nem as lágrimas servem mais de alívio
Chego a desejar secar
17 de out. de 2011
Insônia
Olhos ardendo e corpo fatigado,
Mas Hipnos parece estar a me abandonar
Com visitas mais espaçadas e curtas
Folheio livros
Brinco com o controle da tv
Vou do clássico ao metal
Navego pela rede
Mas em nada consigo me prender
Apago as luzes e silencio o ambiente
Mas não consigo calar a mente
Passado, futuro e presente se misturam em imagens e frases desconexas
Desejos e medos
Arrependimentos e anseios
Razão e emoção
Cérebro e coração
Turbilhão de reflexões e sentimentos
Não quero ouvir, não quero pensar, não quero sentir...
A tudo quero ignorar, apagar...
Mas o botão “OFF” teima em não funcionar
E o “DEL” eu não consigo acionar
Anseio pelo blecaute natural de cada noite
Mas só me resta aguardar pelo despertar lá fora
E um novo dia começar
Ou seria emendar?
16 de set. de 2011
Despedida
Quando foi que começamos a nos perder?
Quando passamos a nos desconhecer?
Por que fazes de mim pior do que sou?
Se fostes tu quem meu melhor despertou?
Não sei o que me provoca mais dor...
A visão distorcida de mim que formastes
Por situações mal interpretadas
E por outros motivos que desconheço.
Ou sua atual indiferença
No firme proposito de lançar-me ao nada.
Onde está o carinho de outrora?
O respeito, o cuidado?
Se assim ficas melhor
Então tá tudo certo
Só quero que fiques bem
De toda forma, obrigada
Por ter me colocado novamente em contato comigo
Por ter me permitido enfrentar meu maior medo
Por ter me despertado pro amor
Por todos os sentimentos experimentados
Por todos os momento vividos
Agora preciso fazer o caminho de volta
E ele me parece mais difícil, mais longo
Não sei quanto tempo levarei
Só sei que ao chegar bloquearei o caminho
Pra que eu nunca mais volte a percorrê-lo
6 de set. de 2011
Noite
5 de set. de 2011
26 de ago. de 2011
Mato-te em Mim
Mato-te
E ao matar-te mato também a mim
Aos poucos enveneno a lembrança
Apago as cores
Silencio as melodias e aumento os ruídos
Firo a alma até não mais sentir
Doses de envenenamento conduzido
Materte-ei
Mas e eu? Sobreviverei?
Em que me tornarei?
Fostes o sopro em minh’alma já esquecida
E ao mater-te em mim
Condeno ela também
E ao matar-te mato também a mim
Aos poucos enveneno a lembrança
Apago as cores
Silencio as melodias e aumento os ruídos
Firo a alma até não mais sentir
Doses de envenenamento conduzido
Materte-ei
Mas e eu? Sobreviverei?
Em que me tornarei?
Fostes o sopro em minh’alma já esquecida
E ao mater-te em mim
Condeno ela também
19 de ago. de 2011
pra me convencer
Para evitar o sofrer invento o não querer
Desconstruo você, para tentar te esquecer
Doce ilusão de ter o poder
De mandar o coração parar de bater
Visto-me de autossuficiência na pura aparência
Na figura de quem nada sente levo todos a crer
Dizem que a mentira repetida infinitamente
Verdade passa a ser
Então repito a todos que nada sinto por você
Na esperança de um dia a mim mesma convencer
9 de ago. de 2011
Desejo
Gélido... Sombrio... Vazio....
Sinto o fogo se apagando
Mesmo a brasa se esfriando
Corroi-me a alma
Ver-te se matando
Não matas o corpo
Deste até cuidas
Mas calas o coração
Buscas petrifica-lo
Petrificado não sangras
Não compreender que ao negar-te o amor
Negas o que és, tua essência
Desejo ter o poder de apagar tuas dores
Teus desamores
E ver-te novamente pulsar
Na total capacidade que tens de amar
Desejo ver-te inteiro
Ver o brilho da paixão em teu olhar
A quem queres enganar?
Tu viestes para amar
Tropeçastes em desamores
Provastes os dissabores
Mas ainda há tempo de amar
Amar inteiro por também se fazer amar
Desejo poder em teu coração adentrar
Nele me instalar
E a chama novamente cripitar
Juntos nos cuidar
Reaprender a confiar
A amar
A se deixar amar
A verdadeiramente nos entregar
Sem medo de errar
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